ART GALLERY António Pessoa retrospectiva
Sunday, May 13, 2007
The Patron
António Pessoa , 2006
Após quase um ano de interregno,2005,em que o artista viaja permanentemente tanto por questões profissionais como por mero lazer,
talvez por um lado necessitando de um longo periodo de reflexão e de uma nova contemplação do mundo e por outro lado satisfazendo a
urgência de estabelecer novos contactos ; surge em 2006 com um novo look na sua arte visual,surpreendendo tudo e todos e muito provável até que surpreendendo-se a si mesmo.
Utilizando um nova fusão de ténicas mistas,desde collage,digital work,
fotografia,aguarela e acrilicos,plus uma combinação de cores e formas cujo resultado é quase sempre um impacto visual marcando súbita presença,não contundente mas sim meramente impositivo,ainda que predominantemente cativante e motivador.
"The Patron" ,O Mecenas,é talvez das obras mais atipicas da expressão da New Era,deixando ainda transparecer vestígios da Época Romântica,e até do periodo de Barcelona e Chicago.
Apesar de feições contemporâneas, "The Patron" sugere um certo ar de neo-cubismo,ou até um pouco ao estilo de Georges Braque,um toque de revivalismo em plena Nova Era muito ao jeito das obras dos tempos de Vigo.
Um quadro repleto de propositado mistério,muito no estilo desconcertante do António Pessoa dos velhos tempos,adivinha-se que se trata de um auto-retrato não só pelas nitidas parecenças do olhar como pela pose que mal se vislumbra mas que se sente.
Pouco mais posso adiantar sobre "The Patron" sem a sempre conveniente informação fidedigna de Jacob Kotsky,a não ser a minha leitura mais ou menos objectiva,pouco ou muito subjectiva.
Só realmente o tempo e o distanciamento necessário e imprescindivel poderão fazer uma mais justa avaliação e análise deste quadro,como
aliás costuma ser a regra geral,ainda para mais sendo "The Patron" uma obra fora do contexto visual da New Era de António Pessoa,2006.
Prof.Orlando Sousa Santos
António Pessoa , 2006
Após quase um ano de interregno,2005,em que o artista viaja permanentemente tanto por questões profissionais como por mero lazer,
talvez por um lado necessitando de um longo periodo de reflexão e de uma nova contemplação do mundo e por outro lado satisfazendo a
urgência de estabelecer novos contactos ; surge em 2006 com um novo look na sua arte visual,surpreendendo tudo e todos e muito provável até que surpreendendo-se a si mesmo.
Utilizando um nova fusão de ténicas mistas,desde collage,digital work,
fotografia,aguarela e acrilicos,plus uma combinação de cores e formas cujo resultado é quase sempre um impacto visual marcando súbita presença,não contundente mas sim meramente impositivo,ainda que predominantemente cativante e motivador.
"The Patron" ,O Mecenas,é talvez das obras mais atipicas da expressão da New Era,deixando ainda transparecer vestígios da Época Romântica,e até do periodo de Barcelona e Chicago.
Apesar de feições contemporâneas, "The Patron" sugere um certo ar de neo-cubismo,ou até um pouco ao estilo de Georges Braque,um toque de revivalismo em plena Nova Era muito ao jeito das obras dos tempos de Vigo.
Um quadro repleto de propositado mistério,muito no estilo desconcertante do António Pessoa dos velhos tempos,adivinha-se que se trata de um auto-retrato não só pelas nitidas parecenças do olhar como pela pose que mal se vislumbra mas que se sente.
Pouco mais posso adiantar sobre "The Patron" sem a sempre conveniente informação fidedigna de Jacob Kotsky,a não ser a minha leitura mais ou menos objectiva,pouco ou muito subjectiva.
Só realmente o tempo e o distanciamento necessário e imprescindivel poderão fazer uma mais justa avaliação e análise deste quadro,como
aliás costuma ser a regra geral,ainda para mais sendo "The Patron" uma obra fora do contexto visual da New Era de António Pessoa,2006.
Prof.Orlando Sousa Santos
Friday, May 11, 2007
contemporary Plus - António Pessoa 2006 ( mixed media )
António Pessoa
Contemporary Plus
O artista luso António Pessoa,a partir de 2006 que sem dúvida parece abdicar das suas velhas influências e interferências,rompendo bruscamente com os tradicionais modelos,mitos e os últimos vestigios da sua tão polémica,boémia e academica Época Romântica,1997-2002.
Barcelona,foi desde 2002 o principio do seu Stand By necessário,o seu periodo de reflexão,consagração no país vizinho,um progresso mais que evidente a nivel de maturidade pessoal e um acumular de experiências,tudo isto inevitàvelmente culminando numa transformação absolutamente
metamorfósica e justamente,como não podia deixar de ser,absolutamente drástica no domínio das artes plásticas.
A Nova Era - The NEW ERA, António Pessoa - é precisamente a prova inegável de uma nova tomada de consciência plástica,de intuição cromática e de expressionismo conceptual inovador.
Longe estão os tempos de Atlantis,Vigo e Porto,discotecas,pubs,noites de boémia e aventuras mas acima de tudo longe estão os tempos em que António Pessoa ainda vibrava e brindava com os velhos mestres do século vinte,nomeadamente Francis Bacon,Vieira da Silva,Matisse,Picasso, Dalí,Kandinsky...para não mencionar as desventuradas influências da
retrogada pintura galega.
António Pessoa,despe os trajes das velhas e obsoletas vanguardas e renasce frescamente exorcisado como se de um novo personagem se tratasse.
Amaldiçoado por uns e admirado por muitos,o certo é que o artista português promete um futuro artistico,humano,profissional como aliás era de esperar.
Mais que contemporâneo,António Pessoa dá claramente a entender que as suas ambições plásticas vão muito mais além do "Fashion",na verdade o artista decide sem avisar dar um grande salto em matéria de invenção plástica passando do Neo para o Plus.
Eu,pessoalmente ainda que não surpreendido,pois outra coisa do homem não se podia esperar,devo no entanto reconhecer- na mesma e precisa medida em que muitos jovens criticos de arte já isto têem como dado adquirido e facto consumado - que António Pessoa mais do que Veni,Vidi,Vici... ultrapassou-se a
si mesmo com a coragem a que já nos tem habituados e como um dos grandes portuguêses de sempre!
Luis Santiago
Contemporary Plus
O artista luso António Pessoa,a partir de 2006 que sem dúvida parece abdicar das suas velhas influências e interferências,rompendo bruscamente com os tradicionais modelos,mitos e os últimos vestigios da sua tão polémica,boémia e academica Época Romântica,1997-2002.
Barcelona,foi desde 2002 o principio do seu Stand By necessário,o seu periodo de reflexão,consagração no país vizinho,um progresso mais que evidente a nivel de maturidade pessoal e um acumular de experiências,tudo isto inevitàvelmente culminando numa transformação absolutamente
metamorfósica e justamente,como não podia deixar de ser,absolutamente drástica no domínio das artes plásticas.
A Nova Era - The NEW ERA, António Pessoa - é precisamente a prova inegável de uma nova tomada de consciência plástica,de intuição cromática e de expressionismo conceptual inovador.
Longe estão os tempos de Atlantis,Vigo e Porto,discotecas,pubs,noites de boémia e aventuras mas acima de tudo longe estão os tempos em que António Pessoa ainda vibrava e brindava com os velhos mestres do século vinte,nomeadamente Francis Bacon,Vieira da Silva,Matisse,Picasso, Dalí,Kandinsky...para não mencionar as desventuradas influências da
retrogada pintura galega.
António Pessoa,despe os trajes das velhas e obsoletas vanguardas e renasce frescamente exorcisado como se de um novo personagem se tratasse.
Amaldiçoado por uns e admirado por muitos,o certo é que o artista português promete um futuro artistico,humano,profissional como aliás era de esperar.
Mais que contemporâneo,António Pessoa dá claramente a entender que as suas ambições plásticas vão muito mais além do "Fashion",na verdade o artista decide sem avisar dar um grande salto em matéria de invenção plástica passando do Neo para o Plus.
Eu,pessoalmente ainda que não surpreendido,pois outra coisa do homem não se podia esperar,devo no entanto reconhecer- na mesma e precisa medida em que muitos jovens criticos de arte já isto têem como dado adquirido e facto consumado - que António Pessoa mais do que Veni,Vidi,Vici... ultrapassou-se a
si mesmo com a coragem a que já nos tem habituados e como um dos grandes portuguêses de sempre!
Luis Santiago
The Brush strikes again - Antonio Pessoa 2007 ( mixed media )
O Pincel ataca de novo !
The Brush strikes again (O Pincel ataca de novo ) é o retomar da colecção Art on White iniciada em 2006 e agora surgindo numa refrescante e nova versão de 2007,uma premonição de futuros trabalhos
do artista,naturalmente uns mais felizes do que outros como não podia deixar de ser.Longe ainda está o separar o trigo do joio para aquilo que
inevitavelmente um dia será o Best Of 2007.
A colecção Art on White 2006 de António Pessoa teve o aplauso do público,dos criticos de arte e de alguns galeristas os quais um a um foram considerando Art on White como uma das melhores séries deste artista plástico desde o celebérrimo Black and White album 1997-1998.
Talvez a mais relevante diferença é o facto de António Pessoa hoje em dia parecer ter-se livrado de algumas demasiado obvias influências que
dez anos atrás o bombardeavam incessantemente no exercicio plástico e até no pensamento.
Talvez o interregno de 2005 tenha sido afinal de contas o tempo de reflexão necessário a um corte drástico com os fantasmas do passado,ou talvez simplesmente o nascimento de uma nova filosofia de vida dando lugar a uma nova perspectiva plástica e consequentemente a uma nova linha estética.
António Pessoa em 2006 surpreendendo todos e mais ninguém surge mais além do conceito average contemporâneo com The NEW ERA .
A chuva de boas e más criticas não se fez esperar.A predominância de um positivismo geral falou por si mesma e The NEW ERA foi recebida com entusiasmo e alegria,sem grande espalhafato nem levantar muita polémica.
Para polémico já temos o artista,bem mais controverso que as suas próprias criações artisticas.Este é o boca-a-boca e é realmente verdade.
A minha humilde opinião como critico e professor de pintura e História de Arte,pode até eventualmente ser talvez a mais objectiva,dado que a minha relação com o artista é coisa recente,ao contrário de Luis Santiago,Vicente Fernández Lago,Pierre Fontanals,Nancy Igartiburu e naturalmente Jacob Kotsky,que são colaboradores e amigos intimos de António Pessoa ,já de longa data.
A minha análise,a qual confere-me o direito de me manifestar segundo o modelo em vigor de livre expressão,leva-me a concluir uma infindável
teia de contradições tanto na vida como na obra do artista.
E a conclusão à qual eu chego é que com António Pessoa há que forçosamente separar o trigo do joio e o homem do artista.
De uma modo geral considero que a obra de Pessoa é excelente,não pretendendo com isto dizer que penso que tudo o que ele dá à luz é bom.
Estou plenamente convencido de que o próprio artista tem nitida consciência deste eventual desnivel de qualidade,coisa que segundo me consta não parece consistir numa preocupação para o próprio mas sim uma realidade inevitável a uma sempre contínua mega-produção,o que é o caso.
A extenuante salgalhada de influências que marcam a Época Romântica de António Pessoa,1997-2002,onde modelos como Francis Bacon,Georg Baselitz,Pablo Picasso,Henry Matisse,Paul Cadmus,Alberto Giacometti,Vieira da Silva,Frank Stella,Miró,Andy Warhol e até mesmo Salvador Dali...parecem ter sido arrumadas,empacotadas e enviadas por correio para o reino do esquecimento.
António Pessoa, milagrosamente surge com The NEW ERA em 2006 mais do que nunca igual a si próprio.
Obras como August Storm,The Brain e Contemporary Plus,entre outras,marcam a diferença,acentuam um certo minimalismo e estudada simplicidade conceptual,deixando claro um apuradissimo critério de qualidade e ao mesmo tempo conservando a riqueza das cores e das formas da mais bela tradição das Belas Artes.
Rafael Medina
The Brush strikes again (O Pincel ataca de novo ) é o retomar da colecção Art on White iniciada em 2006 e agora surgindo numa refrescante e nova versão de 2007,uma premonição de futuros trabalhos
do artista,naturalmente uns mais felizes do que outros como não podia deixar de ser.Longe ainda está o separar o trigo do joio para aquilo que
inevitavelmente um dia será o Best Of 2007.
A colecção Art on White 2006 de António Pessoa teve o aplauso do público,dos criticos de arte e de alguns galeristas os quais um a um foram considerando Art on White como uma das melhores séries deste artista plástico desde o celebérrimo Black and White album 1997-1998.
Talvez a mais relevante diferença é o facto de António Pessoa hoje em dia parecer ter-se livrado de algumas demasiado obvias influências que
dez anos atrás o bombardeavam incessantemente no exercicio plástico e até no pensamento.
Talvez o interregno de 2005 tenha sido afinal de contas o tempo de reflexão necessário a um corte drástico com os fantasmas do passado,ou talvez simplesmente o nascimento de uma nova filosofia de vida dando lugar a uma nova perspectiva plástica e consequentemente a uma nova linha estética.
António Pessoa em 2006 surpreendendo todos e mais ninguém surge mais além do conceito average contemporâneo com The NEW ERA .
A chuva de boas e más criticas não se fez esperar.A predominância de um positivismo geral falou por si mesma e The NEW ERA foi recebida com entusiasmo e alegria,sem grande espalhafato nem levantar muita polémica.
Para polémico já temos o artista,bem mais controverso que as suas próprias criações artisticas.Este é o boca-a-boca e é realmente verdade.
A minha humilde opinião como critico e professor de pintura e História de Arte,pode até eventualmente ser talvez a mais objectiva,dado que a minha relação com o artista é coisa recente,ao contrário de Luis Santiago,Vicente Fernández Lago,Pierre Fontanals,Nancy Igartiburu e naturalmente Jacob Kotsky,que são colaboradores e amigos intimos de António Pessoa ,já de longa data.
A minha análise,a qual confere-me o direito de me manifestar segundo o modelo em vigor de livre expressão,leva-me a concluir uma infindável
teia de contradições tanto na vida como na obra do artista.
E a conclusão à qual eu chego é que com António Pessoa há que forçosamente separar o trigo do joio e o homem do artista.
De uma modo geral considero que a obra de Pessoa é excelente,não pretendendo com isto dizer que penso que tudo o que ele dá à luz é bom.
Estou plenamente convencido de que o próprio artista tem nitida consciência deste eventual desnivel de qualidade,coisa que segundo me consta não parece consistir numa preocupação para o próprio mas sim uma realidade inevitável a uma sempre contínua mega-produção,o que é o caso.
A extenuante salgalhada de influências que marcam a Época Romântica de António Pessoa,1997-2002,onde modelos como Francis Bacon,Georg Baselitz,Pablo Picasso,Henry Matisse,Paul Cadmus,Alberto Giacometti,Vieira da Silva,Frank Stella,Miró,Andy Warhol e até mesmo Salvador Dali...parecem ter sido arrumadas,empacotadas e enviadas por correio para o reino do esquecimento.
António Pessoa, milagrosamente surge com The NEW ERA em 2006 mais do que nunca igual a si próprio.
Obras como August Storm,The Brain e Contemporary Plus,entre outras,marcam a diferença,acentuam um certo minimalismo e estudada simplicidade conceptual,deixando claro um apuradissimo critério de qualidade e ao mesmo tempo conservando a riqueza das cores e das formas da mais bela tradição das Belas Artes.
Rafael Medina
Thursday, May 10, 2007
Matters of the Flesh - António Pessoa , 2002
Matters of the Flesh
António Pessoa . 2002
Esta técnica mista sobre tela , "Matters of the Flesh",não sendo certamente dos melhores trabalhos do artista realizados em 2002,é contudo bastante representativo tanto das suas inquietações de nivel pessoal e privado como também das mudanças de critério plástico a que se propunha mais uma vez.
Segundo Jacob Kotsky e mesmo Pierre Fontanals,existe um certo mistério envolvendo o verdadeiro significado desta obra.
A relação de António Pessoa com a sua esposa Irene Luz Dona,atingia em 2002 o seu estado mais caótico onde , segundo parece , as ambivalências eram o pão nosso de cada dia.
Irene mostrava-se cada vez mais uma mulher possessiva ao ponto de uma obsessão crónica e António Pessoa por então já detentor de uma das maiores coleções dos nossos tempos,começava a dar visiveis sinais de saturação de Vigo e de todo um provincianismo artistico que em vez da graça que lhe dava anos antes,agora parecia provocar-lhe uma angustiante fobia.
Segundo algumas insinuações de Jacob Kotsky,este "Matters of the Flesh" pode muito possivelmente tratar-se nada mais nada menos do que o retrato de Irene Luz Dona,a mulher que nessa altura submetia o artista a um estranho jogo de pressões que afinal de contas acabou por fazer com que o matrimónio rompesse pelas costuras.
2002,acaba por ser o ano decididamente menos produtivo dos cinco anos da Época Romântica de Pessoa.Ele e Irene Luz Dona agora passam
grande parte do tempo viajando por toda a Espanha,Barcelona,Sitges,Ibiza,Castellón e Sevilla,vivendo em hoteis dispendiosos e já partilhando um desequilibrio emocional o qual muito mais cedo do que se esperava
provocou a separação entre os dois amantes e aventureiros.
Ao contrário do que muitos pensam,a Época Romântica de António Pessoa não podia ter finalizado de pior maneira,deixando atrás de si um rastro de frustração,infelicidade e impotência.
No entanto,também ia deixar um rastro devastadoramente positivo na forma de uma das maiores e monumentais coleções de pintura dos
nossos dias!
Veronica Amaral
António Pessoa . 2002
Esta técnica mista sobre tela , "Matters of the Flesh",não sendo certamente dos melhores trabalhos do artista realizados em 2002,é contudo bastante representativo tanto das suas inquietações de nivel pessoal e privado como também das mudanças de critério plástico a que se propunha mais uma vez.
Segundo Jacob Kotsky e mesmo Pierre Fontanals,existe um certo mistério envolvendo o verdadeiro significado desta obra.
A relação de António Pessoa com a sua esposa Irene Luz Dona,atingia em 2002 o seu estado mais caótico onde , segundo parece , as ambivalências eram o pão nosso de cada dia.
Irene mostrava-se cada vez mais uma mulher possessiva ao ponto de uma obsessão crónica e António Pessoa por então já detentor de uma das maiores coleções dos nossos tempos,começava a dar visiveis sinais de saturação de Vigo e de todo um provincianismo artistico que em vez da graça que lhe dava anos antes,agora parecia provocar-lhe uma angustiante fobia.
Segundo algumas insinuações de Jacob Kotsky,este "Matters of the Flesh" pode muito possivelmente tratar-se nada mais nada menos do que o retrato de Irene Luz Dona,a mulher que nessa altura submetia o artista a um estranho jogo de pressões que afinal de contas acabou por fazer com que o matrimónio rompesse pelas costuras.
2002,acaba por ser o ano decididamente menos produtivo dos cinco anos da Época Romântica de Pessoa.Ele e Irene Luz Dona agora passam
grande parte do tempo viajando por toda a Espanha,Barcelona,Sitges,Ibiza,Castellón e Sevilla,vivendo em hoteis dispendiosos e já partilhando um desequilibrio emocional o qual muito mais cedo do que se esperava
provocou a separação entre os dois amantes e aventureiros.
Ao contrário do que muitos pensam,a Época Romântica de António Pessoa não podia ter finalizado de pior maneira,deixando atrás de si um rastro de frustração,infelicidade e impotência.
No entanto,também ia deixar um rastro devastadoramente positivo na forma de uma das maiores e monumentais coleções de pintura dos
nossos dias!
Veronica Amaral
Falling in Love - António Pessoa , 2001
Falling in Love
António Pessoa . 2001
No ano de 2001,António Pessoa encontra-se oficialmente casado pela segunda vez na sua vida,desta vez com uma mulher espanhola,natural
de Vigo,Irene Luz Iglesias Dona.
A sua vida,o seu trabalho e o seu estado emocional,criativo e animico mudam gradualmente à medida que se estabelece aquela que seria uma senão a mais efervescente relação da vida do pintor português.
Irene Luz Dona mostra-se à altura da situação,pelo menos nos primeiros tempos,revelando-se uma musa em toda a acepção da palavra e uma companheira de armas e de Atelier justo à medida de uma personalidade
individualista e sui generis como a do artista,de inteligência aguçada e com um sentido particularmente apurado para as artes visuais.
Sobre esta cinemática,maravilhosa e ao mesmo tempo turbulenta relação haveria muito que contar,em todo o caso é de sublinhar a
derradeira contribuição que esta mulher espanhola deu para o fim da tão badalada Época Romântica de António Pessoa,Vigo,1997-2002.
Este quadro "Falling in Love" parece-me ser mais que significativo,simbólico, na medida em que os dois se apaixonam loucamente partilhando três anos de aventuras,arte plásticas,viagens,uma especie de matrimónio predestinado a um desfilar de acontecimentos os quais iam mudar radicalmente a vida do artista,como aliás se veio a verificar.
Efectivamente a Época Romântica termina no preciso momento em que os dois se separam em 2002.
António Pessoa passa três meses no Algarve,um periodo de reflexão e de decisivas tomadas de decisões que iriam culminar com a sua definitiva retirada para a capital catalana,Barcelona.
Veronica Amaral
António Pessoa . 2001
No ano de 2001,António Pessoa encontra-se oficialmente casado pela segunda vez na sua vida,desta vez com uma mulher espanhola,natural
de Vigo,Irene Luz Iglesias Dona.
A sua vida,o seu trabalho e o seu estado emocional,criativo e animico mudam gradualmente à medida que se estabelece aquela que seria uma senão a mais efervescente relação da vida do pintor português.
Irene Luz Dona mostra-se à altura da situação,pelo menos nos primeiros tempos,revelando-se uma musa em toda a acepção da palavra e uma companheira de armas e de Atelier justo à medida de uma personalidade
individualista e sui generis como a do artista,de inteligência aguçada e com um sentido particularmente apurado para as artes visuais.
Sobre esta cinemática,maravilhosa e ao mesmo tempo turbulenta relação haveria muito que contar,em todo o caso é de sublinhar a
derradeira contribuição que esta mulher espanhola deu para o fim da tão badalada Época Romântica de António Pessoa,Vigo,1997-2002.
Este quadro "Falling in Love" parece-me ser mais que significativo,simbólico, na medida em que os dois se apaixonam loucamente partilhando três anos de aventuras,arte plásticas,viagens,uma especie de matrimónio predestinado a um desfilar de acontecimentos os quais iam mudar radicalmente a vida do artista,como aliás se veio a verificar.
Efectivamente a Época Romântica termina no preciso momento em que os dois se separam em 2002.
António Pessoa passa três meses no Algarve,um periodo de reflexão e de decisivas tomadas de decisões que iriam culminar com a sua definitiva retirada para a capital catalana,Barcelona.
Veronica Amaral
Wednesday, May 9, 2007
Ladies Night
António Pessoa - 2000
Uma vez mais,António Pessoa resolve dar um ar da sua graça e muito em particular das loucas noites de Vigo.
A Época Romántica reflecte a vivência urbana de uma cidade em pleno apogeu da "Movida" espanhola onde tabus e preconceitos são minimizados
por uma nova mentalidade da juventude de Espanha.
Escusado será dizer que a Época Romântica não deve o nome que tem por simple acaso.Efectivamente António Pessoa durante estes cinco anos pinta
durante as tardes e à noite perde-se no turbilhão de boémia,bares e discotecas e inserido num amplo circulo de amigos dentro do qual a bisexualidade é encarada como a coisa mais natural do mundo.
Pode-se afirmar que António Pessoa entre 1997 e 2002,pinta de Vigo para o Mundo,emocionalmente inspirado e estimulado por uma cidade que nunca dorme e onde o artista facilmente encontra a melhor alternativa à cidade do Porto já por então começando a dar tristes sinais de apatia,facto que infelizmente se foi agravando até aos dias de hoje.
Neste esplêndido Ladies Night,acrilico sobre tela de 1999,António Pessoa projecta uma visão moderada de puro lesbianismo.Uma obra que decididamente não pretende provocar mas sim atenuar e muito particularmente defender o direito à diferença.
António Pessoa prova que é possivel abordar todos os temas sem cair na vulgaridade obscena,pelo contrário elevar esta e cada temática a um expoente de máximo requinte,elegância e estética graciosa.
É com esta atitude blasé e jovial,que afinal de contas toda a feliz Época Romántica se desenvolve,pelas mãos e Know How de um artista absolutamente afinado na sua conduta de comunicação através da arte e muito particularmente
com a sempre presente noção de servir o público sem o ferir!
Veronica Amaral
António Pessoa - 2000
Uma vez mais,António Pessoa resolve dar um ar da sua graça e muito em particular das loucas noites de Vigo.
A Época Romántica reflecte a vivência urbana de uma cidade em pleno apogeu da "Movida" espanhola onde tabus e preconceitos são minimizados
por uma nova mentalidade da juventude de Espanha.
Escusado será dizer que a Época Romântica não deve o nome que tem por simple acaso.Efectivamente António Pessoa durante estes cinco anos pinta
durante as tardes e à noite perde-se no turbilhão de boémia,bares e discotecas e inserido num amplo circulo de amigos dentro do qual a bisexualidade é encarada como a coisa mais natural do mundo.
Pode-se afirmar que António Pessoa entre 1997 e 2002,pinta de Vigo para o Mundo,emocionalmente inspirado e estimulado por uma cidade que nunca dorme e onde o artista facilmente encontra a melhor alternativa à cidade do Porto já por então começando a dar tristes sinais de apatia,facto que infelizmente se foi agravando até aos dias de hoje.
Neste esplêndido Ladies Night,acrilico sobre tela de 1999,António Pessoa projecta uma visão moderada de puro lesbianismo.Uma obra que decididamente não pretende provocar mas sim atenuar e muito particularmente defender o direito à diferença.
António Pessoa prova que é possivel abordar todos os temas sem cair na vulgaridade obscena,pelo contrário elevar esta e cada temática a um expoente de máximo requinte,elegância e estética graciosa.
É com esta atitude blasé e jovial,que afinal de contas toda a feliz Época Romántica se desenvolve,pelas mãos e Know How de um artista absolutamente afinado na sua conduta de comunicação através da arte e muito particularmente
com a sempre presente noção de servir o público sem o ferir!
Veronica Amaral
In the Night - António Pessoa 1999 ( óleo sobre tela )
In the Night
António Pessoa - 1999
Em plena Época Romântica,já com um nome implantado na Galiza e com um mercado de braços abertos para a sua obra na vizinha Espanha,António Pessoa em 1999,produzindo mais do que nunca em toda a sua vida,sente que pode dar-se ao luxo de regressar a um tipo de expressão plástica bastante mais Pop Art e eventualmente optando por padrões de certo minimalismo e construtivismo conceptual,tudo isto naturalmente fora do âmbito do conceito visual plástico do público galego.
É por esta altura que Prof.Eduardo Calvet de Magalhães,um dos fundadores da Árvore na cidade do Porto,começa a interessar-se profundamente tanto pela obra do artista como pelo original e irreverente personagem.Igualmente em 1999,Vicente Fernández Lago dedica toda a sua galeria de arte de dois andares na cidade de Vigo única e exclusivamente à pintura de Pessoa.Também em meados de 1999,Jacob
Kotsky dá inicio aos seus apontamentos biográficos sobre a vida e obra do artista.Kotsky,por motivos familiares,designadamente a morte de sua
esposa num violento acidente de viação em Los Angeles e da tentativa de suicidio de seu filho,resolve retirar-se para as ilhas Canarias onde ainda reside actualmente.
Também no ano de 1999,depois de uma visita de estudo a Londres na companhia de Prof.Eduardo Calvet de Magalhães,começa a fazer continuas viagens a Barcelona e Sitges,muito possivelmente já idealizando um novo espaço vital para um futuro muito próximo,como aliás se veio a verificar.
"In the Night" um dos quadros talvez mais emblemáticos do principio de uma rotura com a pintura galega,pode também ser avaliado como um dos primeiros sintomas de um profundo e latente desejo de mudança.
E assim foi de facto!
Veronica Amaral
António Pessoa - 1999
Em plena Época Romântica,já com um nome implantado na Galiza e com um mercado de braços abertos para a sua obra na vizinha Espanha,António Pessoa em 1999,produzindo mais do que nunca em toda a sua vida,sente que pode dar-se ao luxo de regressar a um tipo de expressão plástica bastante mais Pop Art e eventualmente optando por padrões de certo minimalismo e construtivismo conceptual,tudo isto naturalmente fora do âmbito do conceito visual plástico do público galego.
É por esta altura que Prof.Eduardo Calvet de Magalhães,um dos fundadores da Árvore na cidade do Porto,começa a interessar-se profundamente tanto pela obra do artista como pelo original e irreverente personagem.Igualmente em 1999,Vicente Fernández Lago dedica toda a sua galeria de arte de dois andares na cidade de Vigo única e exclusivamente à pintura de Pessoa.Também em meados de 1999,Jacob
Kotsky dá inicio aos seus apontamentos biográficos sobre a vida e obra do artista.Kotsky,por motivos familiares,designadamente a morte de sua
esposa num violento acidente de viação em Los Angeles e da tentativa de suicidio de seu filho,resolve retirar-se para as ilhas Canarias onde ainda reside actualmente.
Também no ano de 1999,depois de uma visita de estudo a Londres na companhia de Prof.Eduardo Calvet de Magalhães,começa a fazer continuas viagens a Barcelona e Sitges,muito possivelmente já idealizando um novo espaço vital para um futuro muito próximo,como aliás se veio a verificar.
"In the Night" um dos quadros talvez mais emblemáticos do principio de uma rotura com a pintura galega,pode também ser avaliado como um dos primeiros sintomas de um profundo e latente desejo de mudança.
E assim foi de facto!
Veronica Amaral
Tuesday, May 8, 2007
pintor Barreiro pintando un gaiteiro - Antonio Pessoa 1998 ( óleo sobre tela )
pintor Barreiro pintando un gaiteiro
António Pessoa . 1998
António Pessoa em 1998 rende-se à evidência da pintura galega,decididamente não com a atitude de impotente resignação mas sim com uma saudável e lúdica postura de adaptação.
Apesar da modernidade e da efervescente vida nocturna de Vigo e de toda a Galiza urbana,por assim dizer,no campo das artes plásticas verifica-se uma teimosa apetência por uma linha muito paralela às
primeiras vanguardas do século vinte,coexistindo com uma abordagem temática tipicamente galega.
Artistas consagrados no noroeste de Espanha como Laxeiro e muito particularmente Jaime Quessada,apesar de alto nível técnico,seguem uma estética vincadamente picassiana.Pepe Barreiro,não foge à regra
e nem demonstra vestigios de que esse facto represente para ele nem para o seu público local,grande motivo de preocupação.
António Pessoa dedica-lhe este óleo sobre tela,criando um interessante jogo de contrastes algo caricatos,entre a pintura de Barreiro,a cultura plástica galega,o próprio personagem e obviamente o estilo inconfundivel
de Pablo Picasso.
Luis Santiago
António Pessoa . 1998
António Pessoa em 1998 rende-se à evidência da pintura galega,decididamente não com a atitude de impotente resignação mas sim com uma saudável e lúdica postura de adaptação.
Apesar da modernidade e da efervescente vida nocturna de Vigo e de toda a Galiza urbana,por assim dizer,no campo das artes plásticas verifica-se uma teimosa apetência por uma linha muito paralela às
primeiras vanguardas do século vinte,coexistindo com uma abordagem temática tipicamente galega.
Artistas consagrados no noroeste de Espanha como Laxeiro e muito particularmente Jaime Quessada,apesar de alto nível técnico,seguem uma estética vincadamente picassiana.Pepe Barreiro,não foge à regra
e nem demonstra vestigios de que esse facto represente para ele nem para o seu público local,grande motivo de preocupação.
António Pessoa dedica-lhe este óleo sobre tela,criando um interessante jogo de contrastes algo caricatos,entre a pintura de Barreiro,a cultura plástica galega,o próprio personagem e obviamente o estilo inconfundivel
de Pablo Picasso.
Luis Santiago
Monday, May 7, 2007
Todo lo que imaginas es poco - António Pessoa 1998 ( charcoal on paper )
Todo lo que imaginas es poco
António Pessoa . 1998
"Todo lo que imaginas es poco",cujo título penso que dispensa tradução,é talvez o paradigma de uma fusão de estilos e modelos que
no ano de 1998 de alguma forma inundavam a noção conceptual de um artista subconscientemente tentando organizar todo um leque de influências num só Todo.
António Pessoa a partir de 1997,altura em que deixa a cidade do Porto para se instalar em Vigo,é violentamente confrontado com a pintura galega que lhe parece não só pueril como tematicamente centrada numa cultura a qual não parece oferecer muitas portas abertas para novas invenções e de um público pouco receptivo aquilo que por então se poderia entender por Últimas Tendências ou muito simplesmente arte contemporânea.
Apesar de tudo,como é sabido,o artista luso en terras galegas ao longo dos anos que se seguem consegue de uma forma notável projectar sobre
tela uma nova visão da Plástica Gallega,o que lhe concede com relativa facilidade uma entrada sem grandes obstáculos no mercado do norte
de Espanha.
No entanto este artista português na Galiza sabe de antemão que o seu futuro de pensamento artistico e criativo vai ter mais tarde ou mais cedo que abrir asas e voar rumo a outros hemisférios de comunicação plástica.
E é precisamente nesta dimensão de discernimento,que António Pessoa opta sabiamente por conservar as suas reservas de modelo e inspiração,não só intactas como também,justamente,em plena evolução.
Apesar do panorama geral da arte na Galiza,António Pessoa sustenta uma genuina admiração por alguns Mestres galegos,como Jaime Quessada,Rafael Alonso,Laxeiro,Vidal Souto e até Pepe Barreiro.
Não obstante os seus planos para o presente e para o futuro englobam forçosamente outros valores de expressão plástica,tanto dos Mestres
das primeiras vanguardas do século vinte,como Matisse,MarcChagall,GeorgesBraque,Tanguy,Picasso,Juan Gris,Kandinsky,Paul Cadmus e Miró;como inevitavelmente e sempre Maria Helena Vieira da Silva,Andy Warhol,Francis Bacon,Frank Stella,Jackson Pollock,Fernando Botero.
É pois nesta atmosfera macroclimática de modelos e influências que se vai desenvolver toda a Época Romântica,até 2002,ano em que Pessoa se instala em Barcelona para uma nova aventura artistica,social,emocional
e decididamente internacional.
Luis Santiago
António Pessoa . 1998
"Todo lo que imaginas es poco",cujo título penso que dispensa tradução,é talvez o paradigma de uma fusão de estilos e modelos que
no ano de 1998 de alguma forma inundavam a noção conceptual de um artista subconscientemente tentando organizar todo um leque de influências num só Todo.
António Pessoa a partir de 1997,altura em que deixa a cidade do Porto para se instalar em Vigo,é violentamente confrontado com a pintura galega que lhe parece não só pueril como tematicamente centrada numa cultura a qual não parece oferecer muitas portas abertas para novas invenções e de um público pouco receptivo aquilo que por então se poderia entender por Últimas Tendências ou muito simplesmente arte contemporânea.
Apesar de tudo,como é sabido,o artista luso en terras galegas ao longo dos anos que se seguem consegue de uma forma notável projectar sobre
tela uma nova visão da Plástica Gallega,o que lhe concede com relativa facilidade uma entrada sem grandes obstáculos no mercado do norte
de Espanha.
No entanto este artista português na Galiza sabe de antemão que o seu futuro de pensamento artistico e criativo vai ter mais tarde ou mais cedo que abrir asas e voar rumo a outros hemisférios de comunicação plástica.
E é precisamente nesta dimensão de discernimento,que António Pessoa opta sabiamente por conservar as suas reservas de modelo e inspiração,não só intactas como também,justamente,em plena evolução.
Apesar do panorama geral da arte na Galiza,António Pessoa sustenta uma genuina admiração por alguns Mestres galegos,como Jaime Quessada,Rafael Alonso,Laxeiro,Vidal Souto e até Pepe Barreiro.
Não obstante os seus planos para o presente e para o futuro englobam forçosamente outros valores de expressão plástica,tanto dos Mestres
das primeiras vanguardas do século vinte,como Matisse,MarcChagall,GeorgesBraque,Tanguy,Picasso,Juan Gris,Kandinsky,Paul Cadmus e Miró;como inevitavelmente e sempre Maria Helena Vieira da Silva,Andy Warhol,Francis Bacon,Frank Stella,Jackson Pollock,Fernando Botero.
É pois nesta atmosfera macroclimática de modelos e influências que se vai desenvolver toda a Época Romântica,até 2002,ano em que Pessoa se instala em Barcelona para uma nova aventura artistica,social,emocional
e decididamente internacional.
Luis Santiago
La velada del Marinaje - Antonio Pessoa 1997
La velada del marinaje António Pessoa,1997 - Black and White album
Na retrospectiva necessária e especificamente na análise da Época
Romântica de António Pessoa,nunca é demais salientar a importância
do Black and White album,uma coleção de desenhos realizada entre 1997 e 1998,editada em catálogo em 1999.
Nunca antes nem nunca depois o artista se presta a demonstrar os seus dons como desenhador por excelência,como nestes dois anos durante os
quais consegue a proeza de concluir cerca de 800 trabalhos de carvão e grafite sobre papel.
Ainda que o resultado total tenha sido de uma polivalência camaleónica
a congruência subsiste muito mais no estilo do que obviamente na temática,a qual dispara continua e sucessivamente através de um
universo de múltiples abordagens.
Considerada pela grande maioria dos criticos como talvez a fase de
mais qualidade de pura expressão artistica de toda a Época Romântica,
o The Black and White album ilustra os recônditos mais controversos do artista,através de uma navegação introspectiva como analitica a qual
vai conduzindo o trabalho até situações tão eclécticas quanto a então
irrequieta curiosidade,espirito provocador e até um bem visivel e bem
afinado sentido do caricato e do ridiculo do artista ,podiam de facto
conceber.
E um bom exemplo desta tese é este "La velada del marinaje",um
quadro de leitura subjectiva suscitando de imediato um raciocinio abstracto,apesar de veia nitidamente figurativa,não se chega a entender muito bem a situação pretendida.
Contudo o homo-erotismo aqui bem patente leva-nos a deduzir uma
existência de uma certa denúncia,ainda que sem julgamentos de valor,de
uma realidade bastante frequente entre seres do mesmo sexo quando condicionados a uma situação de isolamento prolongado e naturalmente desprovido da presença de elementos do sexo femenino.
Muito ao contrário de Pablo Picasso,Salvador Dali e até da genial portuguêsa,Paula Rêgo, a abordagem que António Pessoa faz ao erotismo ao longo de toda a sua obra é meramente passageira,algo camuflada
e essencialmente ligeira.
No entanto,particularmente no The Black and White album existem um
bom número de registros de teor cruamente erótico,ainda que dispersos
e decididamente sem obedecer nem implicar qualquer tipo de obsessão.
"La velada del marinaje" é talvez das obras do album que pode conter
uma linguagem plástica especialmente crua ainda que extremamente caricata.
Luis Santiago
Na retrospectiva necessária e especificamente na análise da Época
Romântica de António Pessoa,nunca é demais salientar a importância
do Black and White album,uma coleção de desenhos realizada entre 1997 e 1998,editada em catálogo em 1999.
Nunca antes nem nunca depois o artista se presta a demonstrar os seus dons como desenhador por excelência,como nestes dois anos durante os
quais consegue a proeza de concluir cerca de 800 trabalhos de carvão e grafite sobre papel.
Ainda que o resultado total tenha sido de uma polivalência camaleónica
a congruência subsiste muito mais no estilo do que obviamente na temática,a qual dispara continua e sucessivamente através de um
universo de múltiples abordagens.
Considerada pela grande maioria dos criticos como talvez a fase de
mais qualidade de pura expressão artistica de toda a Época Romântica,
o The Black and White album ilustra os recônditos mais controversos do artista,através de uma navegação introspectiva como analitica a qual
vai conduzindo o trabalho até situações tão eclécticas quanto a então
irrequieta curiosidade,espirito provocador e até um bem visivel e bem
afinado sentido do caricato e do ridiculo do artista ,podiam de facto
conceber.
E um bom exemplo desta tese é este "La velada del marinaje",um
quadro de leitura subjectiva suscitando de imediato um raciocinio abstracto,apesar de veia nitidamente figurativa,não se chega a entender muito bem a situação pretendida.
Contudo o homo-erotismo aqui bem patente leva-nos a deduzir uma
existência de uma certa denúncia,ainda que sem julgamentos de valor,de
uma realidade bastante frequente entre seres do mesmo sexo quando condicionados a uma situação de isolamento prolongado e naturalmente desprovido da presença de elementos do sexo femenino.
Muito ao contrário de Pablo Picasso,Salvador Dali e até da genial portuguêsa,Paula Rêgo, a abordagem que António Pessoa faz ao erotismo ao longo de toda a sua obra é meramente passageira,algo camuflada
e essencialmente ligeira.
No entanto,particularmente no The Black and White album existem um
bom número de registros de teor cruamente erótico,ainda que dispersos
e decididamente sem obedecer nem implicar qualquer tipo de obsessão.
"La velada del marinaje" é talvez das obras do album que pode conter
uma linguagem plástica especialmente crua ainda que extremamente caricata.
Luis Santiago
Sunday, April 29, 2007
Friday, April 27, 2007
Andalucia - António Pessoa,1997 (óleo sobre tela )
Andalucia - António Pessoa,1997
Já com bastante experiência no país vizinho,é contudo a partir de 1997
que António Pessoa começa a sua carreira e a divulgação da sua obra em Espanha.
Apesar de viver em Vigo,viaja frequentemente por toda a Peninsula,
dedicando este óleo sobre tela a uma das suas regiões favoritas.
Andaluzia.
O seu gosto e admiração pela Festa Brava faz-se notar com bastante frequência em muitos dos seus trabalhos dos anos noventa.
Apesar da crueldade do tema,António Pessoa tem o pudor e a elegância
de tratar a Tauromaquia sem a vital necessidade de uma abordagem
demasiado realista,que é como quem diz,sanguinária.
O resultado visual é então mais emblemático que propriamente vil e
contundente o que nos leva a concluir que o artista apenas pretende
um pensamento meramente cultural ou até turistico,contrariamente à
abordagem que Pablo Picasso durante toda a sua vida e obra fez da
Tauromaquia,que como é sobejamente do conhecimento universal,era fruto de uma verdadeira "aficción",para não dizer obsessão.
Neste Andalucia,1997,António Pessoa consegue o movimento e o
momento de uma tourada tipicamente espanhola,através de um curioso e
original projecto de imagem dupla
É de salientar o facto de que o pintor em 1997 acabava de concluir uma das suas épocas pictóricas de inspiração mais contemporânea.
Convém referir que ao deixar Portugal para residir em Espanha,a partir de 1997,António Pessoa é apanhado de surpresa,primeiro com a pintura galega,depois com a pintura espanhola em geral,muito particularmente
com as obras dos mestres do século vinte.
Estas interferências provam ter exercido uma influência quase radical na
linha da sua obra.Oficialmente,em 1997 ao passar a viver em Espanha,
António Pessoa dá inicio à sua polivalente e super-produtiva Época
Romântica,1997-2002.
Veronica Amaral
Já com bastante experiência no país vizinho,é contudo a partir de 1997
que António Pessoa começa a sua carreira e a divulgação da sua obra em Espanha.
Apesar de viver em Vigo,viaja frequentemente por toda a Peninsula,
dedicando este óleo sobre tela a uma das suas regiões favoritas.
Andaluzia.
O seu gosto e admiração pela Festa Brava faz-se notar com bastante frequência em muitos dos seus trabalhos dos anos noventa.
Apesar da crueldade do tema,António Pessoa tem o pudor e a elegância
de tratar a Tauromaquia sem a vital necessidade de uma abordagem
demasiado realista,que é como quem diz,sanguinária.
O resultado visual é então mais emblemático que propriamente vil e
contundente o que nos leva a concluir que o artista apenas pretende
um pensamento meramente cultural ou até turistico,contrariamente à
abordagem que Pablo Picasso durante toda a sua vida e obra fez da
Tauromaquia,que como é sobejamente do conhecimento universal,era fruto de uma verdadeira "aficción",para não dizer obsessão.
Neste Andalucia,1997,António Pessoa consegue o movimento e o
momento de uma tourada tipicamente espanhola,através de um curioso e
original projecto de imagem dupla
É de salientar o facto de que o pintor em 1997 acabava de concluir uma das suas épocas pictóricas de inspiração mais contemporânea.
Convém referir que ao deixar Portugal para residir em Espanha,a partir de 1997,António Pessoa é apanhado de surpresa,primeiro com a pintura galega,depois com a pintura espanhola em geral,muito particularmente
com as obras dos mestres do século vinte.
Estas interferências provam ter exercido uma influência quase radical na
linha da sua obra.Oficialmente,em 1997 ao passar a viver em Espanha,
António Pessoa dá inicio à sua polivalente e super-produtiva Época
Romântica,1997-2002.
Veronica Amaral
The Get Away - António Pessoa,Barcelona 2004 (óleo sobre tela )
the Get Away - António Pessoa 2004
Marcadamente influenciado por Maria Helena Vieira da Silva,António
Pessoa explora o tema Metropolis a partir dos primeiros anos da década
de noventa.
Por então trabalhando com a Galeria de Arte Almacem de Alfredo Moreira e para enorme surpresa do artista todas as obras inspiradas nesta temática são vendidas do dia para a noite,facto que logicamente leva o galerista Alfredo Moreira a entusiasmar António Pessoa no sentido de ampliar e desenvolver mais obra dentro desta linha,desejo que o artista naturalmente concede de bom grado e grande energia criativa e laboral.
Com o passar dos anos António Pessoa inevitavelmente vai perdendo
os vestigios das influências de Vieira da Silva,cujo resultado visual se
vai tornando e desenvolvendo dentro e mais além de uma linha estética pode-se dizer que inovadora.
Com a sua longa passagem por Vigo e Espanha total,o artista vai deixando gradualmente de lado este modelo que tanto lhe agrada,optando por outras expressões plásticas com bastante mais potencial comunicativo dentro do seio do público espanhol.
Contudo,em Barcelona,finais de 2003 o artista decide uma vez mais retomar este fascinante mundo de panorâmicas urbanas,quer seguindo uma veia hiper-realista,quer optando por um certo abstracionismo.
The Get Away ,António Pessoa,Barcelona 2004,é um óleo sobre tela
de fortes contrastes visuais e cunhado por esse rigoroso,ainda que espontâneo,traço de exímio desenhador característico do pintor,
coexistindo com uma privilegiada liberdade de expressão plástica e uma
vitalidade de movimento e action painting notáveis.
Veronica Amaral
Marcadamente influenciado por Maria Helena Vieira da Silva,António
Pessoa explora o tema Metropolis a partir dos primeiros anos da década
de noventa.
Por então trabalhando com a Galeria de Arte Almacem de Alfredo Moreira e para enorme surpresa do artista todas as obras inspiradas nesta temática são vendidas do dia para a noite,facto que logicamente leva o galerista Alfredo Moreira a entusiasmar António Pessoa no sentido de ampliar e desenvolver mais obra dentro desta linha,desejo que o artista naturalmente concede de bom grado e grande energia criativa e laboral.
Com o passar dos anos António Pessoa inevitavelmente vai perdendo
os vestigios das influências de Vieira da Silva,cujo resultado visual se
vai tornando e desenvolvendo dentro e mais além de uma linha estética pode-se dizer que inovadora.
Com a sua longa passagem por Vigo e Espanha total,o artista vai deixando gradualmente de lado este modelo que tanto lhe agrada,optando por outras expressões plásticas com bastante mais potencial comunicativo dentro do seio do público espanhol.
Contudo,em Barcelona,finais de 2003 o artista decide uma vez mais retomar este fascinante mundo de panorâmicas urbanas,quer seguindo uma veia hiper-realista,quer optando por um certo abstracionismo.
The Get Away ,António Pessoa,Barcelona 2004,é um óleo sobre tela
de fortes contrastes visuais e cunhado por esse rigoroso,ainda que espontâneo,traço de exímio desenhador característico do pintor,
coexistindo com uma privilegiada liberdade de expressão plástica e uma
vitalidade de movimento e action painting notáveis.
Veronica Amaral
Wednesday, April 25, 2007
bright changes - António Pessoa 2004 ( mixed media ) Picasso painting Dora Maar
Bright Changes . António Pessoa 2004
- Picasso pintando Dora Maar - (técnica mista )
Bright Changes,António Pessoa,Barcelona 2004,é o retomar da colecção
Picasso painting Dora Maar.
O artista uma vez mais debruça-se nos amores e desamores do maior fenómeno das artes do século vinte,Pablo Picasso e a sua estranha e perversa relação com a pintora e fotógrafa Dora Maar.
Um curioso trabalho de técnica mista onde Dora Maar aparece nesta obra
sem o usual toque de sofrimento com que Picasso nos tempos em que a pintou
a retratava,chegando ao ponto de desarticular as formas fazendo-a parecer
pouco menos que um monstro.
Neste quadro,António Pessoa,muito possivelmente resolve atenuar a tensão,
concedendo-lhe um ar quase angelical.
Talvez por isso o titulo seja o mais adequado,proporcional aos tons suaves e pasteis pelos que o artista decide optar.
Um trabalho generoso de António Pessoa no contexto febril de uma colecção
abordando uma das mais controversas relações da vida de Picasso.
Veronica Amaral
- Picasso pintando Dora Maar - (técnica mista )
Bright Changes,António Pessoa,Barcelona 2004,é o retomar da colecção
Picasso painting Dora Maar.
O artista uma vez mais debruça-se nos amores e desamores do maior fenómeno das artes do século vinte,Pablo Picasso e a sua estranha e perversa relação com a pintora e fotógrafa Dora Maar.
Um curioso trabalho de técnica mista onde Dora Maar aparece nesta obra
sem o usual toque de sofrimento com que Picasso nos tempos em que a pintou
a retratava,chegando ao ponto de desarticular as formas fazendo-a parecer
pouco menos que um monstro.
Neste quadro,António Pessoa,muito possivelmente resolve atenuar a tensão,
concedendo-lhe um ar quase angelical.
Talvez por isso o titulo seja o mais adequado,proporcional aos tons suaves e pasteis pelos que o artista decide optar.
Um trabalho generoso de António Pessoa no contexto febril de uma colecção
abordando uma das mais controversas relações da vida de Picasso.
Veronica Amaral
Two Mermaids - António Pessoa 1999 (oil on canvas )
Antonio Pessoa - best of
. two mermaids .
Mesmerising the viewers has always been one of Antonio Pessoa's virtues,not only with his natural talent and first rate technical proficiency but very particularly with the great amount of sexual content in his thousands of artworks ,continuously and with unflagging resolve exploring all the possibilities from human hermaphroditism to all sort of situations,from male gay raw homosexuality to soft,gentle tender lesbianism.
"Two Mermaids" from 1999 is one of the best examples how the artist proves once again to be the fine arts wizard which has won him his controversial reputation so far.
The suggestive subtlety of the whole canvas leaves us enough understanding of the fine nuances one can't help enjoying even while speculating over the shades of meaning.
Antonio Pessoa's quality of being difficult and making it difficult to detect or analyse,obviously on purpose,provides us with the unique privilege of wondering,and that's what art is all about.Visual poetry!
Love,sex,sensuality,eroticism,elements and topics ever present in Antonio Pessoa's artworks since his early twenties.
However always treated with the "savoir-faire" of an artist who knows exactly where to stop the evidential signs by instead of forcing the viewers entry,keep them in the value of mystery,evaporating the lines by changing them into a vapor of underlines,the unclearness virtue of ambiguity and in so doing, creating an artistic expression whose meaning cannot be determined from its context,however pleasantly digested from its hazy source,this unclear form of lesbian love of blurred outlines , as Antonio Pessoa purposely shows us in his "Two Mermaids" from 1999,provides us with enough to understand it clearly while the meaning is almost waggishly clouded!
Marc Gilot
. two mermaids .
Mesmerising the viewers has always been one of Antonio Pessoa's virtues,not only with his natural talent and first rate technical proficiency but very particularly with the great amount of sexual content in his thousands of artworks ,continuously and with unflagging resolve exploring all the possibilities from human hermaphroditism to all sort of situations,from male gay raw homosexuality to soft,gentle tender lesbianism.
"Two Mermaids" from 1999 is one of the best examples how the artist proves once again to be the fine arts wizard which has won him his controversial reputation so far.
The suggestive subtlety of the whole canvas leaves us enough understanding of the fine nuances one can't help enjoying even while speculating over the shades of meaning.
Antonio Pessoa's quality of being difficult and making it difficult to detect or analyse,obviously on purpose,provides us with the unique privilege of wondering,and that's what art is all about.Visual poetry!
Love,sex,sensuality,eroticism,elements and topics ever present in Antonio Pessoa's artworks since his early twenties.
However always treated with the "savoir-faire" of an artist who knows exactly where to stop the evidential signs by instead of forcing the viewers entry,keep them in the value of mystery,evaporating the lines by changing them into a vapor of underlines,the unclearness virtue of ambiguity and in so doing, creating an artistic expression whose meaning cannot be determined from its context,however pleasantly digested from its hazy source,this unclear form of lesbian love of blurred outlines , as Antonio Pessoa purposely shows us in his "Two Mermaids" from 1999,provides us with enough to understand it clearly while the meaning is almost waggishly clouded!
Marc Gilot
Antonio Pessoa - best of
. Mozart's bohemian nights .
Wolfgang Amadeus Mozart,Antonio Pessoa's favourite music composer,sure had to have a place in his wide art production sooner or later.
The year 2001 the artist dedicates him this vertical acrylic on canvas in the making process of his Masks collection,which at that time didn't actually have much success although three years after it's going to have its opportunity in cities such as Madrid,Barcelona,Amsterdam and Chicago.
It's worth mention that in the year 1984 artist Antonio Pessoa had been strongly impressed by Milos Forman's Amadeus motion picture.This Warner Bros. production kept Antonio Pessoa company during his home video sessions,definitely one of his favorite movies ever.
The role of Wolfgang Amadeus Mozart given to actor Thomas
Edward Hulce,became the inspiration for many of Antonio Pessoa's live performances and as it couldn't be otherwise the main subject for hundreds of drawings,mixed media on paper and watercolors.
This particular artwork titled "Mozart's bohemian nights" has been exhibited in many group and solo art shows in Europe and United States,blessed with excellent reviews by most of the top young art critics,although only sold out in 2005 in a Madrid auction,obviously due to its high price.37.000 Euros.
In my opinion the best piece of the Masks collection which happens to be one of Antonio Pessoa's most short-lived,ephemeral periods.
Antonio Pessoa is once again cooking strange, although pleasant combinations between shocking blue,graphic black,soft rose and white,conducting the glaringly vivid faces and masks into a frenetic circus almost suggesting a carnival atmosphere,almost comic,almost funny and definitely excellent !
Marc Gilot
. Mozart's bohemian nights .
Wolfgang Amadeus Mozart,Antonio Pessoa's favourite music composer,sure had to have a place in his wide art production sooner or later.
The year 2001 the artist dedicates him this vertical acrylic on canvas in the making process of his Masks collection,which at that time didn't actually have much success although three years after it's going to have its opportunity in cities such as Madrid,Barcelona,Amsterdam and Chicago.
It's worth mention that in the year 1984 artist Antonio Pessoa had been strongly impressed by Milos Forman's Amadeus motion picture.This Warner Bros. production kept Antonio Pessoa company during his home video sessions,definitely one of his favorite movies ever.
The role of Wolfgang Amadeus Mozart given to actor Thomas
Edward Hulce,became the inspiration for many of Antonio Pessoa's live performances and as it couldn't be otherwise the main subject for hundreds of drawings,mixed media on paper and watercolors.
This particular artwork titled "Mozart's bohemian nights" has been exhibited in many group and solo art shows in Europe and United States,blessed with excellent reviews by most of the top young art critics,although only sold out in 2005 in a Madrid auction,obviously due to its high price.37.000 Euros.
In my opinion the best piece of the Masks collection which happens to be one of Antonio Pessoa's most short-lived,ephemeral periods.
Antonio Pessoa is once again cooking strange, although pleasant combinations between shocking blue,graphic black,soft rose and white,conducting the glaringly vivid faces and masks into a frenetic circus almost suggesting a carnival atmosphere,almost comic,almost funny and definitely excellent !
Marc Gilot
Pain and Scream (Picasso painting Dora Maar ) António Pessoa 2004 ( mixed media )
Antonio Pessoa - best of
. pain and scream , 2004 .
"Pain and Scream" , Antonio Pessoa 2004,right out from the collection Picasso painting Dora Maar ,one of my favorites.
Here stands Pablo Picasso with the painting brush in his hand,the short genius with a half-smile on his face,looking plenty satisfied with his masterpiece,this masterpiece clearly showing a tearful-crying Dora Maar,topless and definitely an emotional wreck,ruined by love dilapidation and yet still a regular
in the studio of Mr.Picasso,in the street Rue des Grands Augustins,Paris.
Antonio Pessoa uses pastel smooth colors very probably purposely in order to give it a liquid grace to such a wrinkled situation.Pink colors contrasting with black humor,wisely creating a juxtaposition of morbid and farcical visual elements to give it a disturbing effect.
Pablo Picasso's portraiture by Antonio Pessoa easy and clearly reveals Picasso's character,the activity of his worldwide known selfishness well out in the open in this amazing piece,done in Barcelona 2004.
Definitely a close encounter of the weirdest kind between two talented artists,in the Twilight Zone of fine arts magic.
Biographer,artist and caricaturist,Antonio Pessoa parodies Picasso painting Dora Maar,somewhat in an exaggerated manner,however succeeding to express one of the most melodramatic affairs of Pablo Picasso, using on purpose theatrical poses and histrionic gestures in order to paint the despair of poor Dora Maar perilously breaking down at the hands of a titanic short tyrannical lover and absolute dictatorial sovereign named Picasso!
Marc Gilot
. pain and scream , 2004 .
"Pain and Scream" , Antonio Pessoa 2004,right out from the collection Picasso painting Dora Maar ,one of my favorites.
Here stands Pablo Picasso with the painting brush in his hand,the short genius with a half-smile on his face,looking plenty satisfied with his masterpiece,this masterpiece clearly showing a tearful-crying Dora Maar,topless and definitely an emotional wreck,ruined by love dilapidation and yet still a regular
in the studio of Mr.Picasso,in the street Rue des Grands Augustins,Paris.
Antonio Pessoa uses pastel smooth colors very probably purposely in order to give it a liquid grace to such a wrinkled situation.Pink colors contrasting with black humor,wisely creating a juxtaposition of morbid and farcical visual elements to give it a disturbing effect.
Pablo Picasso's portraiture by Antonio Pessoa easy and clearly reveals Picasso's character,the activity of his worldwide known selfishness well out in the open in this amazing piece,done in Barcelona 2004.
Definitely a close encounter of the weirdest kind between two talented artists,in the Twilight Zone of fine arts magic.
Biographer,artist and caricaturist,Antonio Pessoa parodies Picasso painting Dora Maar,somewhat in an exaggerated manner,however succeeding to express one of the most melodramatic affairs of Pablo Picasso, using on purpose theatrical poses and histrionic gestures in order to paint the despair of poor Dora Maar perilously breaking down at the hands of a titanic short tyrannical lover and absolute dictatorial sovereign named Picasso!
Marc Gilot
Picasso painting Dora Maar
Antonio Pessoa - best of
. Picasso painting Dora Maar , 2000 .
In the year 2000, Antonio Pessoa at his very very best of his Romantic Period, 1997 / 2002 , once again takes the role of a movie director and in the process of focusing his attention in one of Pablo Picasso's most emotionally controversial periods,specifically Picasso and Dora Maar relationship,brings the topic seriously to the canvas with the passionate accuracy of an enthusiastic biographer and the objective quality of nearness to the truth of what Pablo Picasso and Dora Maar was all about.
Antonio Pessoa,an incurable Picasso admirer,fact,nevertheless sharp and realistic enough in order to let his analytical criticism go free to the point of translating a complex emotional situation into art expression,comes up with a series of acrylic and oil on canvas where Pablo Picasso shows up as a ruthless whimsical genius taking artistic advantage out of an emotionally tortured Dora Maar,painting her rather as a screaming monster than as a sensitive suffering human being,troubled by love,pain,loss and very probably madness.
In the year 2000 Antonio Pessoa doesn't actually paint more than ten oils about Picasso painting Dora Maar.He drops it by leaving the collection on stand by for some obscure reasons and only four years later in Barcelona,a few months before his two art shows in Chicago,Illinois,he takes the subject one more time,but now totally straightforwardly decided to complete the task at least to a point of consummate satisfaction.
This time,Barcelona 2004,Antonio Pessoa's Picasso painting Dora Maar is going to have a success beyond his expectations,not only by achieving the art critics applause but most importantly by being acquired by two wealthy art collectors from Indianopolis,Indiana,just after Antonio Pessoa's 2004 Chicago art shows.
Picasso painting Dora Maar is unquestionably the best tribute Antonio Pessoa ever payed to the popular spanish genius.
Pablo Picasso !
Marc Gilot
. Picasso painting Dora Maar , 2000 .
In the year 2000, Antonio Pessoa at his very very best of his Romantic Period, 1997 / 2002 , once again takes the role of a movie director and in the process of focusing his attention in one of Pablo Picasso's most emotionally controversial periods,specifically Picasso and Dora Maar relationship,brings the topic seriously to the canvas with the passionate accuracy of an enthusiastic biographer and the objective quality of nearness to the truth of what Pablo Picasso and Dora Maar was all about.
Antonio Pessoa,an incurable Picasso admirer,fact,nevertheless sharp and realistic enough in order to let his analytical criticism go free to the point of translating a complex emotional situation into art expression,comes up with a series of acrylic and oil on canvas where Pablo Picasso shows up as a ruthless whimsical genius taking artistic advantage out of an emotionally tortured Dora Maar,painting her rather as a screaming monster than as a sensitive suffering human being,troubled by love,pain,loss and very probably madness.
In the year 2000 Antonio Pessoa doesn't actually paint more than ten oils about Picasso painting Dora Maar.He drops it by leaving the collection on stand by for some obscure reasons and only four years later in Barcelona,a few months before his two art shows in Chicago,Illinois,he takes the subject one more time,but now totally straightforwardly decided to complete the task at least to a point of consummate satisfaction.
This time,Barcelona 2004,Antonio Pessoa's Picasso painting Dora Maar is going to have a success beyond his expectations,not only by achieving the art critics applause but most importantly by being acquired by two wealthy art collectors from Indianopolis,Indiana,just after Antonio Pessoa's 2004 Chicago art shows.
Picasso painting Dora Maar is unquestionably the best tribute Antonio Pessoa ever payed to the popular spanish genius.
Pablo Picasso !
Marc Gilot
Antonio Pessoa - best of
. Rembrandt .
In the process of writing Antonio Pessoa's biography,now specifically the years the artist has been living in Amsterdam ,
Netherlands,Mr.Jacob Kotsky once again keeps his communication with his favorite one updated on a daily basis,
fact which naturally motivates the artist to use some of his production generator time to illustrate now and then some peculiar and interesting chapters of his own biography.
This piece titled Rembrandt,done in September 2006 is a good example of the artist's latest mixed media wonders which unquestionably is a Must as far as Antonio Pessoa best of is concerned.
The positive collaboration between Mr.Jacob Kotsky and Antonio Pessoa seems to be itself a stimulating alchemy which generates a wide web of creative branches in the artist's studio affairs.
Rembrandt van Rijn,one of Antonio Pessoa's favorite dutch Masters comes alive dressed up with the colors and shapes of the already worldwide popular New Era.
These "one more than two" versions of Rembrandt's portrait show us once again Antonio Pessoa at his very best of,accomplishing each and every single day an artistic higher and higher rank.
It clearly seems Antonio Pessoa in 2006 has reached a point of divine geniality,that level of technical command in which an artist of his caliber can afford to express and communicate standing tall , easy and lucky in the grade of excellence.
Right now a new generation of art collectors never doubt Antonio Pessoa's New Era will succeed while deliberately and naturally focusing their minds something even better is coming up.
Rembrandt by Antonio Pessoa,2006,is definitely one of the most interesting and remarkable art pieces of the New Era period and at the same time a noteworthy fact that the artist is getting better all the time and therefore widening the field of his artistic best of.
Marc Gilot
. Rembrandt .
In the process of writing Antonio Pessoa's biography,now specifically the years the artist has been living in Amsterdam ,
Netherlands,Mr.Jacob Kotsky once again keeps his communication with his favorite one updated on a daily basis,
fact which naturally motivates the artist to use some of his production generator time to illustrate now and then some peculiar and interesting chapters of his own biography.
This piece titled Rembrandt,done in September 2006 is a good example of the artist's latest mixed media wonders which unquestionably is a Must as far as Antonio Pessoa best of is concerned.
The positive collaboration between Mr.Jacob Kotsky and Antonio Pessoa seems to be itself a stimulating alchemy which generates a wide web of creative branches in the artist's studio affairs.
Rembrandt van Rijn,one of Antonio Pessoa's favorite dutch Masters comes alive dressed up with the colors and shapes of the already worldwide popular New Era.
These "one more than two" versions of Rembrandt's portrait show us once again Antonio Pessoa at his very best of,accomplishing each and every single day an artistic higher and higher rank.
It clearly seems Antonio Pessoa in 2006 has reached a point of divine geniality,that level of technical command in which an artist of his caliber can afford to express and communicate standing tall , easy and lucky in the grade of excellence.
Right now a new generation of art collectors never doubt Antonio Pessoa's New Era will succeed while deliberately and naturally focusing their minds something even better is coming up.
Rembrandt by Antonio Pessoa,2006,is definitely one of the most interesting and remarkable art pieces of the New Era period and at the same time a noteworthy fact that the artist is getting better all the time and therefore widening the field of his artistic best of.
Marc Gilot
Antonio Pessoa - best of
. juego sensual,1997 .
There's no doubt Antonio Pessoa's Black and White album,1997 / 1998 , is very likely one of his most important revelations as a skillful drawer,provided with an imagination far beyond the average,let alone his striking hard work method which has won him the reputation of a production phenomenon only comparable to Great Masters such as Picasso,Salvador Dali,Van Gogh and Jackson Pollock.
Reading Jacob Kotsky's erudite reviews about Antonio Pessoa's life and work,anyone is bound for becoming at least reasonably aware of Antonio Pessoa's Live drawing performances during his 20's in places such as Mallorca,Ibiza,Sitges,Algarve and Nice.
Obviously this astonishing impressive drawing high technique and great command of the basic,traditional charcoal on paper is going to provide him later on with countless model topics for his oil on canvas and all sort of mixed media artworks till the New Era days.
If Antonio Pessoa in 1997 / 1998 produced more than six hundred high quality drawings,it's very probable that during the ten years before he might have accomplished more than four thousand.
Antonio Pessoa's drawing skillfulness deriving from practice and talent,should be stamped as the very best of his best of.
Both Professor Edward Calvet and art critic Mr.Jacob Kotsky,two more than reliable art experts,agree with the theory that Antonio Pessoa has been proving himself to be undeniably one of the last fine arts dinosaurs of our times.
Marc Gilot
. juego sensual,1997 .
There's no doubt Antonio Pessoa's Black and White album,1997 / 1998 , is very likely one of his most important revelations as a skillful drawer,provided with an imagination far beyond the average,let alone his striking hard work method which has won him the reputation of a production phenomenon only comparable to Great Masters such as Picasso,Salvador Dali,Van Gogh and Jackson Pollock.
Reading Jacob Kotsky's erudite reviews about Antonio Pessoa's life and work,anyone is bound for becoming at least reasonably aware of Antonio Pessoa's Live drawing performances during his 20's in places such as Mallorca,Ibiza,Sitges,Algarve and Nice.
Obviously this astonishing impressive drawing high technique and great command of the basic,traditional charcoal on paper is going to provide him later on with countless model topics for his oil on canvas and all sort of mixed media artworks till the New Era days.
If Antonio Pessoa in 1997 / 1998 produced more than six hundred high quality drawings,it's very probable that during the ten years before he might have accomplished more than four thousand.
Antonio Pessoa's drawing skillfulness deriving from practice and talent,should be stamped as the very best of his best of.
Both Professor Edward Calvet and art critic Mr.Jacob Kotsky,two more than reliable art experts,agree with the theory that Antonio Pessoa has been proving himself to be undeniably one of the last fine arts dinosaurs of our times.
Marc Gilot
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